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terça-feira, 14 de junho de 2011

A cada dia uma aventura...

Assim é que a geriatra do meu tio se refere ao Alzheimer: uma aventura! E, na prática, é exatamente isso...

Da parte dos pacientes, um aventurar-se em universos desconhecidos, mas (re)criados por eles a cada fração de tempo pela qual se passa! Por isso é que a aventura é tão intensa... A realidade é reconstruída a todo tempo, os lugares e as pessoas também. Mas como é para um familiar, por exemplo, entender tal situação?

É preciso compactuar com a "viagem" e encarar o(s) novo(s) mundo(s) que surge(m) a todo instante. Não é tarefa fácil, mas pode servir como forma de abstração da realidade material dura, fixa, constante, rotineira em que vivemos, já que com o paciente de Alzheimer podemos viajar pra outros lugares, ser outras pessoas, voltar à infância... tudo isso sem esforço algum... sem sair do lugar, assim como na leitura de um livro fantástico.

As pessoas que convivem precisam deixar a imaginação ir longe e, dessa forma, o sucesso da interação estará garantido!